Criativity

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

MGZNcinema II

MGZNcinema II

Walk The Line

Elenco: Joaquin Phoenix, Reese Whitherspoon, Ginnifer Goodwin, Robert Patrick Realizador: James Mangold Género: Biográfico Musical
"Até ver, Walk the Line marca a melhor interpretação das carreiras de Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon no cinema, respectivamente nos papéis de Johnny Cash e June Carter. Adaptado das autobiografias Man in Black: His Own Life in his Own Words e Cash: The Autobiography, o filme foi desenvolvido em colaboração estreita com a dupla de cantores, antes da morte de ambos em 2003. A história tem início durante a infância de Cash no Arkansas, em plena Grande Depressão, e segue o cantor através dos loucos primórdios da sua carreira (pela estrada fora, com futuras lendas como Elvis Presley, Jerry Lee Lewis e Roy Orbison) até à consagração absoluta, numa altura em que chegou a vender mais que os Beatles. Pelo meio, há fases de queda e ascensão, crises pessoais motivadas pela dependência das drogas e por comportamentos erráticos, e, principalmente, uma conturbada, mas redentora relação com a cantora June Carter. O realizador e co-argumentista James Mangold sublinha que a história não é um prodígio ou de uma ambição desemdida. Ele começou tarde, aprendeu sozinho a tocar guitarra e teve poucos incentivos. Ninguém lhe foi bater à porta quando ele se mudou para Memphis. Mas o John foi esperto o suficiente para se integrar na Sun Records, no grau zero da revolução musical. Rodeado de imenso talento, John tornou-se algo que nenhum dos outros conseguiu ser – um contador de histórias intemporal e uma lancinante voz das sombras. As suas canções eram tão únicas, tão pessoais… Acima de tudo, o aliciante foi a oportunidade de fazer um filme sobre uma das grandes histórias de amor. Há algo de mágico na ideia de que, por uma década, o único lugar onde John e June conseguiam estar juntos sozinhos era em cima de um palco à frente de 10 mil pessoas. James Mangold é o grande mentor do filme e já realizou obras como Cop Land – Zona Exclusiva, Vida Interrompida e Kate & Leopold."
in Revista Premiere, Fevereiro 2006

Cada vez mais me convenço que sou um inculto. Nem sequer sabia da existência destas duas pessoas - Johnny Cash e June Carter! Incrível. Acredito que muitos dos portugueses também não os conheçam e achem que não vale a pena ver o filme porque se trata de um estilo de música que "não nos diz nada". Mas estão totalmente errados.
Trata-se de um filme muito bom sobre a vida de Johnny Cash que é extremamente rica, não se trata apenas de um longo videoclip, como as pessoas pensam.
Joaquin Phoenix, já todos sabíamos que é um excelente actor - as suas interpretações, principalmente nos filmes Gladiador (no qual recebeu o Óscar de Melhor Actor Secundário), Sinais e A Vila, são memoráveis - agora Reese Witherspoon, foi uma surpresa! Habituados a vê-la em comédias light, nunca ninguém pensou que pudesse passar daquilo. A actriz tem uma interpretação fantástica. Phoenix tem aqui, também, sem dúvida o seu melhor desempenho. Não existe playback em Walk the Line, ambos os actores aprenderam a cantar e Phoenix aprendeu também a tocar guitarra, o que enriqueceu bastante o filme.
A história é fantástica e centra-se sobretudo na relação de Cash com June Carter.
Este filme está nomeado para 5 Óscares, entre os quais o de Melhor Actor e Melhor Actriz, é um forte candidato. Ganhou 3 Globos de Ouro, o de Melhor Filme Musical ou Comédia, Melhor Actriz num Filme Musical ou Comédia e Melhor Actor num Filme Musical ou Comédia. E ganhou os BAFTA de Melhor Actriz e Melhor Som.
Aconselho a todos, irem ver, é um filme espectacular.
Classificação: 5 ESTRELAS

Munique - Munich


Elenco: Eric Bana, Daniel Craig, Ciarán Hinds, Mathieu Kassovitz, Hanns Zischler, Geoffrey Rush Realizador: Steven Spielberg Género: Drama Thriller
"Em Setembro de 1972 um ataque terrorista sem precedentes desenrola-se perante 900 milhões de telespectadores por todo o globo, anunciando um admirável mundo novo de imprevisível violência. Decorria a segunda semana dos Jogos Olímpicos de Verão, em Munique, na Alemanha Ocidental - os jogos que haviam sido apelidados “Jogos da Paz e da Alegria” - quando, sem aviso, um grupo extremista Palestiniano, designado como “Setembro Negro”, invadiu a Aldeia Olímpica, matando dois membros da equipa Olímpica Israelita e capturando nove elementos como reféns. A tensa espera e o trágico massacre que se seguiu foram transmitidos com estonteante iminência pela televisão perante uma audiência internacional, terminando 21 horas mais tarde quando o pivot Jim McKay proferiu as terríveis palavras: “They’re all gone”. Enquanto o terror de Munique foi visto e sentido em todo o Mundo, o altamente confidencial rescaldo do evento permaneceu em grande parte uma incógnita. Agora Steven Spielberg apresenta “Munique”, um envolvente thriller baseado nos eventos ocorridos em 1972 e na missão de retaliação que se seguiu - designada pela secreta israelita como “Operação Ira de Deus” - um dos mais ousados e agressivos planos de assassinato na história dos nossos dias. Em mordaz, vívido e humano detalhe o filme leva-nos até um momento escondido na História que lida com muitas das emoções das nossas vidas actuais. No centro da história está Avner (Eric Bana), um jovem patriota israelita, oficial dos serviços secretos. Ainda de luto pelo massacre e enfurecido pela barbaridade do mesmo, Avner é contactado por Ephraim (Geoffrey Rush), um oficial da Mossad, que lhe apresenta uma missão inédita na história israelita. Avner terá de deixar a sua mulher grávida, abdicar da sua identidade e embarcar como infiltrado numa missão que visa perseguir e matar os 11 homens acusados pela secreta israelita de terem arquitectado o ataque em Munique."

Condeno o que aconteceu em Munique e o meu filme é um tributo à memória dos atletas de Israel que foram assassinados. Não se resume a uma história de bons e maus.
Steven Spielberg
Gostei muito. É um thriller emocionante. Muito bem filmado e montado, de uma maneira quase "televisiva".
O argumento é muito bom, para além de retratar os factos reais que aconteceram em 1972, revela também uma parte criativa grande por parte dos argumentistas. Sabia-se que tinha acontecido o atentado e que tinha existido a “Operação Ira de Deus”, de vingança por parte de Israel, agora, não se sabia era quem é que tinha feito parte dessa operação, ou seja, os argumentistas inventaram os cinco personagens principais, cada um com a sua especialidade, e entraram mesmo na vida pessoal de um dos agentes da Mossad, Avner (a sua mãe, a sua mulher e o nascimento do filho).
O que mais me fez pensar, foi que esta história foi passada há mais de 30 anos e que hoje, o conflito entre israelitas e palestinianos continua praticamente igual ao retratado no filme. Spielberg foca a questão da vingança: valerá a pena? Tanto a imprensa israelita como palestiniana desautorizaram o filme, o que confirma, em certo sentido, a sua objectividade.
Munique está nomeado para 5 Óscares - Melhor Filme, Realizador, Argumento Adaptado, Montagem, Banda Sonora.
Classificação: 4 ESTRELAS

Que acharam destes filmes?

4 Comments:

  • At 11:37 da manhã, Blogger francisco said…

    Eu sei que tenho dado muito boas classificações aos filmes (a mais baixa que dei até agora foi 3 estrelas), mas isso não significa que eu seja "demasiado generoso", como me disseram no outro dia.
    Eu tenho é visto filmes muito bons nos últimos tempos, porque tenho escolhido ir ver os mais premiados nos Globos de Ouro e os mais nomeados para os Oscars, para estar completamente preparado no dia 5 de Março, na cerimónia dos Oscares.
    Para ter opinião sobre os premiados é preciso ter visto todos os outros nomeados, não é?

     
  • At 10:22 da tarde, Blogger par said…

    Gosto de vir aqui ao teu blog e encontrar assuntos que não abordo no meu, como cinema. E eu gosto bastante de cinema, no entanto a música está um pouco acima. Comentários aos filmes:

    Munique - Não gostei do filme e acho que para Spielberg está fraco. Não gostei da cena final e da forma como ele abordou o tema. Porquê? Por vezes parece que estamos a seguir a equipa da missão impossível de cidade em cidade. Aqui não concordo contigo, apesar de achar que é um filme a ver porque é completamente actual. 2 estrelas.

    Walk the Line - É sobre Johnny Cash, logo sobre música logo a minha opinião é tendenciosa. Gostei muito do filme principalmente da parte dos concertos. Os dois actores principais vão muito bem, com especial destaque para Reese Witherspoon que apaga a imagem da loira burra de outra películas. No final dá vontade de ouvir o verdadeiro Cash. É um bom filme, óptimo para conhecer a carreira de um dos melhores músicos americanos do século passado, mas pouco mais. 3 estrelas

     
  • At 3:54 da tarde, Blogger Maria Carvalho said…

    Pois, Francisco, não sei de nada. Não vou ao cinema há imenso tempo...nem sequer sei quais os nomeados, estou completamente longe de tudo isso. Infelizmente. Existem momentos na vida que não são fáceis. Beijos, bom fim de semana e continua sempre a escrever.

     
  • At 10:09 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    olá!estou eu à espera que tu ponhas uma previsão tua para os Oscares.....e nada!entao?!!comprei uma cassete de 4 horas pa gravar....so espero que dê, noa vi nem metade dos filmes que estão nomeados!ainda queria ficar acordada a ver.....mas com tantos trabalhos que tenho tido e com as horas que tenho passado de pe a trabalhar, nao tenho muita vontade!nao fui ver nem o Walh the line nem o Munique!acho que este ano a cerimonia vai ser divertida ( gosto do John Stuart)A cada ano que passa cortam cada vez mais o discurso dos actores!estou ansiosa!bjs*

     

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