Criativity

segunda-feira, setembro 12, 2005

Alentejo




O Alentejo é um dos lugares mais bonitos do país.
Os sobreiros são a sua maior riqueza, fazendo de Portugal um dos maiores produtores mundiais de cortiça. As suas praias são as melhores, virgens e intermináveis. E os seus vinhos têm tido muito sucesso tanto nacional como internacionalmente.
É uma das poucas regiões portuguesas "não estragadas" pois, infelizmente, muito do nosso país está cheio de atentados arquitectónicos, nomeadamente, as chamadas "casas de emigrante", projectadas por patos-bravos. O fenómeno das marquises continua a alastrar; os aparelhos de ar condicionado são pendurados nos sítios mais incríveis (até os edifícios da Praça do Comércio, em Lisboa, têm alguns a estragar a beleza das suas janelas pombalinas); e os centros comerciais florescem de norte a sul, como nunca foi visto em nenhum outro país civilizado.
O Alentejo é uma das excepções. Continua bonito porque não é possível construir mais nada, apenas reconstruir/recuperar/remodelar as casas já existentes. Por isso, é uma grande planície forrada de sobreiros que é verde no Inverno, amarela no Verão e pontilhada aqui e ali com pequenos montes caiados de branco, com uma risca pintada. Há casas com risca azul escura, amarela, cinzenta, verde, laranja, e muitos tons destas e de outras cores. A risca personaliza cada monte e transmite alegria e cor.
Esta região esteve ameaçada pelo perigo da desertificação durante muitos anos, mas neste momento, este problema está a ser combatido eficazmente, através da plantação de árvores nas regiões mais áridas(principalmente pinheiros), o que enriquece os solos e reduz a exposição solar intensa a que a terra é sujeita, tornando-a fértil de novo.
É preciso continuar a proteger e preservar o Alentejo para que continue a ser um lugar único no mundo.

6 Comments:

  • At 12:50 da manhã, Blogger francisco said…

    Curioso, eu que só queria pôr as fotografias, acabei por escrever um texto deste tamanho... Se há dias em que não consigo escrever nada, há outros dias em que não me calo!

     
  • At 9:11 da manhã, Blogger Maria Carvalho said…

    Lindo! Eu, pessoalmente, adoro o Alentejo. O teu texto está muito bem escrito, as fotografias são lindas. Adorei. Obrigada por me visitares e deixares os teus comentários, que têm sido sensíveis e sinceros. Continua o teu blog, gosto muito dele. Do fundo do meu coração. Muitos beijos para ti.

     
  • At 3:51 da tarde, Blogger Viajantis said…

    Então, para quem gosta do Alentejo, recomendo vivamente a leitura atenta do artigo da visão da passada semana que alerta para os graves perigos que esta região corre em virtude de variadíssimos projecto imobiliários de grande envergadura que se encontram na calha....

     
  • At 8:29 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Lembro-me de 1 x ter feito gazeta às aulas durante um dia de Maio de 1987, para uma escapadela com amigos ao Alentejo. Nunca lá tinha ido (que me lembrasse!). E fiquei abismada pelo verde inesquecível, em toda a parte! Depois disso voltei muitas vezes, em trabalho e de férias e o que me impressionou sempre (além da sensação de espaço) foram as cores: além dos verdes, os tapetes de flores rochas ou amarelas, as colinas de barro vivo, as súbitas casas de branco cegante e de vez em quando um charco de água-prata. Tudo sob um céu sempre mutante! Fico sempre com vontade de lá ter uma casa! Obrigada por me relembrar esta poesia e me fazer partilhar a sua. Bjs.

     
  • At 5:22 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    pronto, penitencio-me (mesmo que ninguém tenha lido, só reparei depois)
    a côr é roxa, não rocha,
    a côr é roxa, não rocha,
    a côr é roxa, não rocha,
    a côr é....

     
  • At 7:32 da tarde, Blogger francisco said…

    tia sacha! gostei muito dos comentários que tem feito no meu blog. É sempre bom saber a opinião de um profissional!!
    Reparei no erro. Não tem importância, pois foi um lapso. Acontece a todos, só não acontece a quem não escreve.
    Eu é que agradeço.
    Beijinhos

     

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